sexta-feira, 20 de maio de 2022

Inovação: CPQD recebe recursos de R$ 56 milhões ao longo de 3 anos do FUNTTEL

 


Cinco projetos de pesquisa e desenvolvimento serão apoiados pelo fundo

O CPQD vai receber 56 milhões de reais do FUNTTEL (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações), ao longo do próximo triênio, para o desenvolvimento dos seguintes projetos: Teranet, Plataforma 5G BR, TecSEG, Gestão de Redes 4.0 e Ações Estratégicas para Redes Futuras. A aplicação dos recursos, a qual será acompanhada pela Finep, pelo Ministério das Comunicações e pelo Conselho Gestor do FUNTTEL, foi dividida em três anos: em 2022, o CPQD receberá cerca de 17 milhões de reais, em 2023, 23 milhões de reais, e, em 2024, 15 milhões de reais. Todos esses projetos reafirmam a missão da Organização de contribuir para o desenvolvimento, o progresso e o bem-estar da sociedade, através do desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras e de excelência.

Conheça os projetos:


Este projeto está focado em tecnologias convergentes para habilitar sistemas ópticos de alta capacidade, com velocidades acima de terabit por segundo por canal, ampliando, portanto, a capacidade de transmissão dos sistemas. Dessa forma, o Teranet dará base à construção da Internet do Futuro e, ainda, potencializará o emprego do 5G no Brasil.

Para isso, o projeto conta com a aplicação de técnicas inovadoras para transmissão, incluindo processamento digital de sinais, integração fotônica para a construção de elementos básicos de transceptores ópticos, técnicas de amplificação óptica com banda estendida e métodos de controle para redes ópticas flexíveis. 


O projeto tem como objetivo desenvolver tecnologias de redes 5G, segundo os paradigmas de arquitetura aberta, virtualização e desagregação, além da inovação aberta, possibilitando que a arquitetura de redes atuais, verticalizadas e proprietárias, sejam democratizadas no cenário nacional.  Nesse sentido, estão previstos a pesquisa e desenvolvimento do processamento da banda base (Baseband Unit – BBU), da interface aérea 5G NR
 e do nucleo de rede. 

Outro grande objetivo do projeto é a prova de conceito voltada para o mercado de redes privadas e ISP’s (Internet Service Providers). Além das componentes da rede de acesso e do core 5G, a gerência e o monitoramento de serviços e infraestrutura de suporte também fazem parte do escopo do projeto e serão exploradas, devido à sua necessidade e importância para a provisão de serviços fim a fim das redes 5G, especialmente na concepção de um produto minimamente viável, derivado da prova de conceito proposta.

Novas tecnologias como o uso de Inteligência Artificial no planejamento e na operação da rede, na gerência e no monitoramento da qualidade de serviço de uma fatia de rede (network slice), e no gerenciamento e na ocupação oportunística de espectro radioelétrico (Whitespaces), serão exploradas como itens de pesquisa. O uso da tecnologia DLT (Distributed Ledger Technology) como ferramenta de suporte ao compartilhamento de infraestrutura por múltiplos provedores de serviço também será objeto de estudos.

Todos esses temas são estratégicos na transformação digital de diversos setores da economia e da sociedade, e, ainda, fazem parte da evolução da conectividade das redes, que avançam para o 6G.

De acordo com o Diretor de Soluções Tecnológicas e Consultoria, Frederico Sigrist Nava, devido ao elevado volume de dados e da alta sensibilidade estratégica das informações que trafegam pelos meios virtuais, as soluções na área de comunicações adquirem caráter estratégico, seja por questões de soberania ou pela necessidade de atuação do Estado no atendimento às especificidades do provimento de serviços no Brasil. 

“É fundamental que avaliações de segurança sejam realizadas sobre os ativos, sistemas e dispositivos, antes que sejam adotados em ambientes de produção, de modo a minimizar o risco de ataques cibernéticos, decorrentes de fraquezas, intencionais ou não.”, explica o diretor.

Nesse sentido, o Projeto TecSEG tem como objetivo o desenvolvimento de componentes tecnológicos de segurança, de metodologias de avaliação e investigação de segurança para atendimento das demandas atuais e futuras relacionadas com o processo de transformação digital, que vem ocorrendo no Brasil. Isso possibilitará o desenvolvimento de aplicações seguras e de fácil utilização, de componentes que busquem a mitigação de problemas crônicos de segurança. Estes estão relacionados à identidade de pessoas e coisas no mundo digital, além da diminuição de problemas de segurança relacionados com dispositivos IoT (Internet das Coisas) no Brasil.


O aumento da complexidade das redes de comunicação e serviços associados à sua operação faz com que em algumas localidades remotas, diferentemente dos grandes e médios centros urbanos, muitas vezes careçam de equipes técnicas especializadas. Em vista disso, faz-se necessário o uso estratégico de tecnologias emergentes, permitindo maior qualidade e produtividade dos serviços de comunicações. 

O projeto tem como objetivo a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de apoio às equipes de escritório e de campo na gestão das redes de telecomunicações, como, por exemplo, as redes ópticas e 5G. E traz aplicações que utilizem Inteligência Artificial, processamento de imagens, projeto automático e sensores IoT para coleta de dados. A realidade aumentada também é objeto de estudo e desenvolvimentos para suportar processos de operação, manutenção, planejamento e auditoria destas redes, a fim de possibilitar melhor qualidade de serviço e disponibilidade aos usuários.
Por meio do projeto, o CPQD realizará pesquisas tecnológicas e estudos exploratórios em paradigmas convergentes de redes de comunicações e aplicações avançadas, abordando desafios e soluções com potencial de grande impacto e que deverão amadurecer gradativamente a médio e longo prazo. Além disso, o projeto propõe o avanço dos serviços de rede com alta precisão e confiabilidade, modelos descentralizados de redes, aplicações que combinam realidade imersiva, inteligência artificial, mobilidade, computação de borda, bem como programabilidade, elasticidade, escalabilidade e automação das redes.

Tendo em vista o cenário global de grandes transformações no panorama tecnológico das redes de comunicação, o projeto busca apoiar as iniciativas nacionais e contribuir com o ecossistema brasileiro de telecomunicações. Assim, os objetivos do “Ações Estratégicas para Redes Futuras” contemplam: estimular o processo de inovação, preservar a capacitação das equipes,  o crescimento da base tecnológica e de propriedade intelectual, além da construção de um roadmap tecnológico de médio e longo prazo para o CPQD e para as telecomunicações do Brasil, orientando políticas públicas; monitorar e contribuir para a evolução das redes de telecomunicações e dos serviços associados no intuito de melhorar a qualidade, a segurança, o uso e a fruição dos mesmos serviços; estimular o desenvolvimento e a competitividade da tecnologia nacional no setor de telecomunicações, incentivando o desenvolvimento de soluções tecnológicas; promover a inserção de pesquisadores do CPQD em cadeias internacionais de pesquisa, inovação e desenvolvimento e em fóruns internacionais de discussão sobre padrões tecnológicos.

Fonte: CPQD (18/05/2022)

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