terça-feira, 21 de julho de 2020

TIC: Ações da Oi saltam 9% e TIM e Vivo têm alta de 6% após oferta conjunta



O noticiário corporativo desta segunda-feira (20) teve como principal destaque as ações do setor de telecomunicações, com a Oi (OIBR3, R$ 1,32, +9,09%; OIBR4, R$ 1,60, +8,84%) disparando , assim como TIM (TIMP3, R$ 16,80, +6,13%) e Vivo (VIVT4, R$ 53,41, +5,99%).

O motivo é a proposta conjunta das operadoras TIM, Vivo e Claro apresentada no final de semana pela unidade móvel da operadora Oi.

As operadoras TIM, Vivo e Claro apresentaram no final de semana uma proposta conjunta pela unidade móvel da operadora Oi. Segundo os comunicados entregues à CVM, as empresas pediram à Oi o direito de cobrir potenciais propostas que a empresa brasileira possa ter recebido pelos ativos.

O preço mínimo estabelecido pela Oi para os ativos de telefonia móvel é de R$ 15 bilhões e, segundo a empresa, foi feita mais de uma proposta por essa unidade. No entanto, não foi revelada a identidade dos candidatos, os valores ou o número de propostas.

Além do valor do negócio, a Oi deverá levar em conta uma proposta que garanta a aprovação do negócio mais rápida pelos órgãos reguladores.

Em comunicado à imprensa, a Oi afirma que recebeu “mais de uma proposta vinculante” de interessados na aquisição da Oi Móvel. Segundo a tele, uma das propostas foi a realizada em conjunto por Claro, TIM e Telefônica Brasil. A respeito de outras propostas, a empresa afirma que não dará mais detalhes, por motivos de confidencialidade e interesse comercial, até o fim do processo competitivo.

A empresa ressalta ainda que a venda do ativo, que será feita por meio da formação de uma unidade produtiva isolada (UPI), depende da aprovação por parte de seus credores do aditamento ao plano de recuperação judicial da tele. Esse aditamento foi divulgado pela Oi em junho. Caso seja aprovado pelos credores em assembleia geral, precisará ainda ser homologado pelo juízo da recuperação judicial da companhia.

“A Oi esclarece que a estratégia da companhia é se tornar a maior provedora de infraestrutura de telecomunicações do país, a partir da massificação da fibra ótica e internet de alta velocidade, do provimento de soluções para empresas e da preparação para a evolução para o 5G, conforme determinado no seu Plano Estratégico”, diz a companhia na nota. A Oi ressalta ainda que as operações em curso não alteram a prestação de serviços aos clientes, dentro dos padrões exigidos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

De acordo com analistas do Credit Suisse, a estimativa é que a TIM fique com a maior parte desses ativos. A fatia esperada é de 54%. Já a Vivo ficaria com aproximadamente 24% e a Claro com 22%. Já em termos do espetro, a divisão esperada é de, respectivamente, 60%, 30% e 10%. “Acreditamos que a divisão do espectro da Oi será crucial para definir o preço que cada um irá pagar”, avaliaram os analistas em relatório a clientes.

Os analistas do Credit também fizeram uma atualização dos preços-alvo para os papéis das empresas de telefonia. No caso da TIM, foi elevado de R$ 17 para R$ 20 e, da Vivo, de R$ 57 para R$ 61.

Já para os analistas do Bradesco BBI, a oferta em conjunto das três operadoras de telefonia reforça a credibilidade da atual administração da Oi. “Dada a oferta, agora existem poucas dúvidas sobre o valor estratégico das operações móveis da Oi ou sobre a capacidade da Oi levantar caixa por meio dessa venda, o que levará a uma redução da alavancagem da empresa”, disseram.

O Bradesco BBI espera ainda que essa oferta facilite a aprovação do novo plano de recuperação judicial pelos credores. A assembleia deve ocorrer em meados de agosto.

Fonte: InfoMoney (20/07/2020)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Este blog não se responsabiliza pelos comentários emitidos pelos leitores, mesmo anônimos, e DESTACAMOS que os IPs de origem dos possíveis comentários OFENSIVOS ficam disponíveis nos servidores do Google/ Blogger para eventuais demandas judiciais ou policiais".