sexta-feira, 24 de julho de 2020

TIC: Oi deixa de lado oferta de TIM, Vivo e Claro e negocia venda da telefonia celular com gestora americana que não opera telefonia móvel em nenhum lugar


Mudança representa reviravolta nos planos das teles de fatiar operações da empresa carioca por estados

A Oi informou ao mercado na noite desta quarta-feira que fechou um acordo de exclusividade com a Highline para negociar a venda de suas operações de telefonia celular. O comunicado representa uma reviravolta nas negociações para venda de ativos da Oi.

As principais concorrentes da empresa, TIM, Vivo e Claro, haviam se unido para fazer uma proposta e planejavam fatiar as operações entre os estados para evitar aumento excessivo da concentração do mercado e possíveis restrições por órgãos de defesa  da concorrência.

A Highline é controlada pela gestora americana Digital Colony e já tinha feito nesta semana uma proposta para comprar por R$ 1,076 bilhão pela unidade de torres da Oi, outro ativo à venda.

Segundo o comunicado da Oi, a proposta da Highline ficou acima do preço mínimo definido para as operações de telefonia celular. O preço inicial estimado no mercado era de R$ 15 bilhões.

Ao fechar o acordo de exclusividade, a Highline terá o direito de cobrir outras propostas recebidas ao longo da disputa. O acordo tem um período de vigência previsto até o próximo dia 3 de agosto, mas pode ser prorrogado.

A oferta das concorrentes TIM, Vivo e Claro foi formalizada no último fim de semana, quando a Claro se aliou às demais para a negociação conjunta.

A Highline é uma desenvolvedora independente de soluções de infraestrutura para a indústria de telecomunicações e atua em shoppings, hospitais, hotéis e prédios comerciais.

A venda das operações de telefonia celular é uma das bases do plano de recuperação da companhia, que recorreu à proteção da Justiça contra credores há quatro anos.

A estratégia da companhia é se desfazer de negócios de telefonia celular, torres e  data centers para atuar como provedora de infraestrutura de telecomunicações, com expansão da fibra óptica e da internet de alta velocidade.

Fonte: O Globo (23/07/2020)

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