Na última quinta-feira, 30 de julho, o site da revista VEJA publicou uma matéria que certamente desagradou a Oi (OIBR3 / OIBR4). Já no título, o conteúdo questiona “Quem vai roer o osso da Oi” em uma clara referência ao que vai sobrar da operadora após todo o processo da venda dos ativos.
A matéria assinada pelo jornalista Machado da Costa destaca que a empresa ainda é valiosa, segue disputada, mas que as vendas representam a parte mais fácil de toda a situação que a companhia vive.
O “osso” seriam os bens reversíveis, que totalizam mais de R$ 18 bilhões e deveriam voltar para a União após o fim da concessão. Prática avaliada como um “equívoco” do processo de privatização da Telebrás, que resultou na Telemar e Brasil Telecom, que se transformaram na Oi.
A VEJA destaca que parte desses bens vão para as mãos dos compradores. Já o restante, “o que ninguém quer”, ficará para a posteridade como “símbolo de uma empresa falida”.
Em suma, a atual situação do Grupo Oi é comparada ao processo de falência do Grupo Bloch, dono da Rede Manchete, extinta há muitos anos. A conclusão é que o governo é que vai roer o osso da Oi e o financiador será o contribuinte brasileiro.
Não demorou para que a operadora surgisse com uma resposta. Em nota, a Oi comunicou que as “ilações” contidas no conteúdo da VEJA não possuem qualquer relação com a realidade.
O posicionamento da Oi
“A Oi (…) vem se comunicando com o mercado de maneira extremamente transparente, e reviu seu planejamento estratégico para justamente dar ao mercado e seus acionistas a visão bastante clara dos seus objetivos de longo prazo, incluindo o seu reposicionamento que busca tornar a empresa a maior fornecedora de infraestrutura e soluções baseadas em fibra ótica do mercado brasileiro”, destacou.
Em nota, a tele destaca que é descabida e infundada a informação de que sua infraestrutura pertence ao governo e baseada em ativos sem valor que deveriam voltar para a União.
Outro fato não procedente destacado pela empresa é de que a troca do regime de concessão para autorização teria sido abortada por conta do pedido de recuperação judicial.
“Deu-se exatamente o contrário: um dos motivos de a Oi ter entrado em recuperação foi ter sido historicamente uma das mais prejudicadas pelo atraso na evolução do marco regulatório das telecomunicações (…)”, pontuou.
A Oi destaca também que sequer foi procurada em uma possível apuração das informações divulgadas pela VEJA.
O atual cenário da Oi envolve uma disputada venda da unidade móvel da operadora, assim como dos ativos correspondentes a torres e data center, além da oferta do controle acionário da InfraCo, empresa de infraestrutura para fibra óptica.
Com o valor obtido, a empresa vai investir na continuidade de sua operação pela tecnologia de fibra.
Fonte: Minha Operadora (31/07/2020)
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