Projeção é crescer quase o dobro de 2022
Os fundos de pensão no Brasil encerraram o ano de 2022 com um patrimônio de R$ 1,18 trilhão, representando um crescimento de 6% em relação aos R$ 1,11 trilhão registrados no exercício anterior. A rentabilidade média do sistema foi de 9,31%, ante 5,88% registrada em 2021, e o déficit líquido ficou em R$ 16 bilhões, uma queda de 56% em relação aos R$ 36,4 bilhões apresentados em 2021. Os dados foram apresentados pelo presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Jarbas Antônio de Biagi, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (18/5).
Para este ano de 2023, a expectativa é que o sistema cresça entre 10% e 15% em termos de patrimônio, puxado principalmente pelos fundos de servidores públicos e pelo ingresso de novos planos de previdência complementar de entes federativos. A reforma da previdência de 2019 obrigou os estados e municípios que possuem Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) a oferecerem planos de previdência complementar aos seus servidores que ganham acima do teto do INSS.
Biagi destacou na entrevista à imprensa que ao final de 2022 um total de 26 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) já gerenciavam 603 planos de previdência complementar de entes federativos, todos já aprovados pela Previc. Outros 1.254 municípios tinham iniciado processos de seleção e contratação de EFPCs para fazerem a gestão de novos planos, que estavam em processo de criação.
Além do crescimento do sistema via planos de previdência complementar contratados por entes federativos, o presidente da Abrapp ressaltou também a importância dos Planos Família. Os Planos Família são oferecidos pelas EFPCs aos parentes de até terceiro grau de seus participantes. Segundo Biagi, os Planos Família encerraram o ano passado com um patrimônio de R$ 1,3 bilhão e estão num processo de franco crescimento.
Biagi ressaltou o cumprimento do plano de fomento da Abrapp, que busca oferecer novas modalidades de planos para atender a um novo perfil de trabalhadores, cujas relações de trabalho são mais móveis e mais voláteis, oferecendo-lhes modelos de planos no qual possam acumular poupança previdenciária. “Trabalhamos para fortalecer esse sentimento da importância da cultura previdenciária”, diz.
Em relação à alocação dos investimentos do setor, Biagi enfatizou que as altas taxas de juros têm influenciado as decisões dos dirigentes de fundos de pensão em direção à ativos de renda fixa. Segundo ele, 78,2% dos ativos dos fundos de pensão estão alocados atualmente em renda fixa, classe que trouxe uma rentabilidade média de 9,94% às EFPCs no ano passado. Já a renda variável, que responde por 13,7% da carteira das fundações, o nível mais baixo dos últimos 6 anos, teve um retorno médio de 7,91% em 2022.
O presidente da Abrapp ressaltou que o sistema de previdência complementar fechada engloba atualmente 7,1 milhões de pessoas, sendo 2,6 milhões de participantes ativos, 793 mil aposentados/pensionistas e 3,7 milhões de dependentes.
Fonte: Invest. Institucional (18/05/2023)
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