'Lítio verde' no Vale do Jequitinhonha
Uma das regiões mais pobres do Brasil começou a produzir um dos metais mais valorizados e estratégicos do mundo.
É no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, que a mineradora canadense Sigma Lithium começou a explorar e produzir lítio há menos de um mês.
A região que reúne 55 municípios concentrados ao longo de um rio de mesmo nome possui um dos menores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do estado.
Entenda: o lítio é uma matéria-prima muito importante no contexto da transição energética global. Ele está presente nas baterias de íon-lítio, utilizadas em carros elétricos, e é essencial para expandir a capacidade de armazenamento de energia em outros sistemas.
- A demanda pelo metal deve aumentar cerca de 400% até 2040, segundo a AIE (Agência Internacional de Energia).
Relembre: explicamos no mês passado como a América Latina é uma região que virou tema de uma disputa geopolítica entre China e EUA.
- O interesse é principalmente nas minas de Bolívia, Argentina e Chile, países cujas reservas são maiores em relação ao Brasil.
A Sigma afirma produzir o lítio verde, cuja extração tem baixo impacto no meio ambiente. Para isso, ela utiliza energia de uma hidrelétrica próxima e tem a opção de comprar energia eólica produzida no Nordeste.
Consolidação: depois de uma disparada nos preços no fim do ano passado, o lítio está de volta ao patamar de novembro de 2021 e acabou agitando as fusões e aquisições do setor.
- Na quarta (10), a australiana Allkem e a americana Livent, duas grandes produtoras, anunciaram um acordo para unir seus negócios.
- A empresa que resulta da fusão será a terceira maior produtora global de lítio, com valor de mercado de US$ 10,6 bilhões (R$ 52,6 bilhões), de acordo com a agência Bloomberg.
Fonte: Folha de SP (11/05/2023)
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