quarta-feira, 17 de maio de 2023

TIC: Telebras + Oi = Telebroi?



Presidência da Telebras será ocupada pelo ex-diretor de vendas da Oi

Conforme informou este blog na edição do dia 9 de maio, o Conselho de Administração da Telebras elegeu na sexta-feira (12), em reunião extraordinária Frederico de Siqueira Filho – ex-diretor de vendas da Oi – para a presidência da Telebras, em substituição a Jarbas Valente. Segundo o Fato Relevante, a decisão foi tomada após “indicação” do ainda ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Cá entre nós, a decisão foi tomada pela equipe do agora lobista do BTG Pactual, Fábio Faria, que ainda manda no Ministério das Comunicações. Juscelino naquela pasta não passa de “inquilino”.

Telebroi: 1º passo foi dado

Falta agora o governo decidir qual o melhor caminho para salvar a falida Oi: 1 – Acabar com a concessão e retorná-la para o controle da União ou; 2 – promover uma intervenção. Seja qual for a decisão, quem irá assumir a massa falida da Oi será a Telebras, já que é a estatal do setor de Telecomunicações e a única empresa capaz de gerir os serviços de telefonia. Daí, nada melhor do que ter gente da concessionária ditando as regras dentro da estatal. Lendo a matéria da edição do dia 9 deste blog dá para entender onde o governo poderia chegar com essa estratégia.

Telebroi: óleo de peroba

Usar o argumento de que a Telebras também é uma “empresa problemática”, para justificar a contratação de um executivo da Oi, não passa de um tremendo absurdo. Os caras nem ficam vermelhos quando propagam essa tese. Argumentam que Telebras é vista pelos olhos do governo como uma empresa que gera prejuízo de uns R$ 200 milhões/ano. Mas se esquecem de informar que a estatal tem em caixa R$ 800 milhões para virar esse jogo e não pode usar o dinheiro desde que virou dependente do Orçamento da União no Governo Bolsonaro.

Telebroi: Bittar, o breve

Apesar de toda a torcida da insuspeita imprensa especializada, o ex-deputado Jorge Bittar ainda não arrumou uma boquinha no Governo Lula. A torcida organizada da “Vanguarda do Atraso” contava com a aprovação do nome dele para o Conselho de Administração da Telebras, mas isso acabou não ocorrendo. É preciso entender o momento que vive o Governo Lula. Não dá para encher o comando da estatal com essas porqueiras de uma vez só. A empresa precisa ir absorvendo o impacto dessas indicações aos poucos, para não quebrar de vez.

Telebroi: desafio

Eu pago para este governo afirmar publicamente pra mim, que a presença de um ex-executivo da Oi deverá “tirar a Telebras do vermelho”. Um executivo de uma empresa que tem hoje um passivo de R$ 44 bilhões, não tem mais nenhum ativo para vender para cobrir essa dívida, além de estar na segunda recuperação judicial? Conta outra.

Fonte: Carta Capital e Blog do Luiz Queiroz (15/05/2023)

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