quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Inovação: BNDES aprova meio bilhão para braço da Embraer produzir carros voadores



Recursos serão destinados a unidade de produção de Eve no interior paulista

Empresa tem promessa de US$ 14,5 bilhões em contratos.

Braço da Embraer, a Eve Air Mobility (Eve), obteve financiamento de R$ 500 milhões do BNDES para produzir veículos voadores, os chamados eVTOLs. Os recursos sairão do programa Mais Inovação.

A produção anual esperada é de até 480 aeronaves e ocorrerá na fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo.

A companhia possui 30 clientes em 13 países que assinaram cartas de intenção de compra de 2.900 carros voadores. Se todos forem fechados, os contratos somarão US$ 14,5 bilhões.

O primeiro protótipo foi lançado em julho deste ano. A partir de agora, a fabricante realiza uma série de testes para avaliar todos os aspectos da operação e desempenho da aeronave, desde as capacidades de voo até os recursos de segurança.

Seus clientes poderão usufruir da rede global de serviços e apoio da Embraer.

"Os financiamentos reforçam o compromisso do governo do presidente Lula de apoiar projetos inovadores da indústria brasileira, como a mobilidade aérea, que utiliza alta intensidade tecnológica", disse Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

Segundo ele, o banco já aprovou às empresas nacionais mais de R$ 8 bilhões em créditos desde 2023 pelo programa BNDES Mais Inovação.

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, considerou que o projeto permite uma "solução disruptiva para mobilidade urbana e descarbonização" e que esse é o objetivo do Plano Mais Produção, braço de financiamento da Nova Indústria Brasil, para impulsionar o setor produtivo.

Johann Bordais, CEO da Eve, diz que o financiamento será fundamental para a instalação da unidade de produção de eVTOLs.

"Ela não apenas será a primeira do gênero no Brasil, mas também será alimentada por energia limpa e renovável, alinhada ao nosso compromisso com a sustentabilidade", disse.

Fonte: Folha de SP (15/10/2024)

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