A China está disposta a colaborar com o governo brasileiro na busca de uma solução para cobertura satelital do País
Segundo apurou este noticiário junto a fontes que participaram das primeiras interlocuções, conversas iniciais foram feitas com a Telebrás, que busca uma alternativa para as limitações de capacidade do satélite brasileiro SGDC.
Um próximo passo, considerado decisivo, deve ser dado durante a agenda da visita de Estado do presidente chinês, Xi Jinping, ao presidente Lula em novembro deste ano, pouco antes do início do encontro do G20.
Ainda não há definição sobre o melhor modelo. Os chineses estariam dispostos a conversar desde uma colaboração mais ampla para utilização da constelação Qianfan (chamada também de Thousand Sails ou SpaceSail), sistema de órbita baixa chinês que está sendo implementado pela estatal Shanghai Spacecom Satellite Technology (SSST) como resposta ao domínio norte-americano nesse segmento, especialmente com a Starlink; ou a construção e lançamento, em caráter de urgência, de um novo satélite geoestacionário que contemple as necessidades atuais e de médio prazo do Brasil. Esse foi o modelo fechado com a Venezuela para o Venesat1 em 2008, por exemplo, mas o satélite acabou apresentando uma falha completa de funcionamento no meio de sua visa útil, saindo de operação em 2020.
Alternativas
Vale lembrar que o presidente Lula já firmou um memorando de entendimento com o governo Espanhol para o projeto de desenvolvimento de um satélite comum com a Hispasat.
Na semana passada, durante o Congreso Latinoamericano de Satélites, Daniel Goldberg, CEO global da operadora canadense Telesat, que tem uma constelação de órbita baixa Lightspeed a ser lançada para operar a partir de 2027, também manifestou o desejo de conversar com o governo brasileiro para um possível uso conjunto. No mesmo evento, a Amazon Kuiper, que entra em operação a partir do final de 2025, também manifestou interesse no mercado brasileiro.
A Telebrás tem ainda uma parceria com a empresa norte-americana Viasat, que também anunciou planos de reforçar a cobertura para o Brasil com o novo Viasat 3 F2, a ser lançado no final de 2025 em substituição ao F1, que apresentou uma anomalia de funcionamento. Por fim, recentemente a estatal brasileira passou a contratar capacidade de operadores privados (SES, Hughes e Hispamar) para atender ao programa Gesac.
Fonte: Teletime (08/10/2024)
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