O novo superintendente da Previc, a autarquia que controla os fundos de pensão, deve ser mesmo Ricardo Pena, que retorna ao cargo após tê-lo deixado no início de 2011. Procurado por Investidor Institucional, Pena disse que “ainda não existe nada definido”, mas uma fonte do Ministério da Previdência confirmou que a nomeação deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (17/02) ou na semana que vem.
Pena participou da equipe de transição, juntamente com Fabiano Silva dos Santos, que coordenou o grupo de previdência complementar, atuando nos temas mais sensíveis do setor. Economista e demógrafo, com pós-graduação em finanças e atuária pela USP, é servidor público concursado da Receita Federal. Iniciou sua trajetória na área de previdência fechada em 2003, convidado pelo então secretário da Previdência Complementar (SPC) do primeiro governo Lula, Adacir Reis, atuando na diretoria de Estudos e Normas. Seguiu com Reis para a Previc em 2005, quando a autarquia foi criada, e quando Reis deixou o cargo em 2006, sendo substituído por Leonardo Paixão, tornou-se secretário adjunto do novo titular.
Em 2008, quando Paixão deixou a Previc tornou-se o titular da autarquia, cargo no qual permaneceu até o início de 2011, quando a recém empossada presidente Dilma Rousseff convidou o senador do PMDB, Garibaldi Alves Filho, do Rio Grande do Norte, para assumir o Ministério da Previdência Social. Pena, que em sua gestão tinha tentado bloquear uma indicação feita pelo então ministro peemedebista das Minas e Energia, Edison Lobão, para um cargo na Fundação Real Grandeza, sem sucesso, não contava com grandes simpatias por parte daquele partido. Ao assumir a pasta da Previdência, Alves Filho nomeou José Maria Rabelo para o seu lugar na superintendência da Previc e ele voltou para a Receita Federal.
Ficou poucos meses no seu empregador original, a Receita Federal, sendo convidado em 2012 para assumir a primeira diretoria da recém-criada fundação dos servidores públicos federais do executivo e judiciário, a Funpresp-Exe. Pena esteve no comando dessa fundação por dois mandatos consecutivos, até 2021, voltando à Receita Federal porque o estatuto da entidade não permitia mais de dois mandatos.
Fonte: Invest. Institucional (16/02/2023)
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