quarta-feira, 29 de abril de 2020

Meu Bolso: Mais da metade dos brasileiros está pouco ou nada feliz com suas finanças em abril



A falta de renda, em parte por causa da coronacrise, é o principal problema apontado em uma pesquisa feita pelo Mobills


Os brasileiros estão pouco satisfeitos com suas finanças em abril. É o que mostra um levantamento feito pelo aplicativo de gestão financeira Mobills com 215 mil usuários. Quando perguntados como se sentem em relação a suas finanças ultimamente, mais da metade deles responderam que estão muito insatisfeitos (20,3%) e pouco satisfeitos (32,4%). Apenas 12% afirmaram estarem muito satisfeitos agora.

O maior obstáculo para uma vida financeira saudável para 16,8% dos entrevistados é a renda (ou, no caso, a falta de uma receita maior). Em seguida, vieram questões como dívidas (9,8%), empréstimos (4,5%) e cheque especial (1%). Apenas 37% das 215 mil pessoas que participaram do levantamento tem reserva de emergência.

Veja os resultados da pesquisa:

Como você se sente em relação às suas finanças atualmente?

  • Muito insatisfeito - 20,3%
  • Pouco insatisfeito - 21,5%
  • Neutro - 13,8%
  • Pouco satisfeito - 32,4%
  • Muito satisfeito - 12%

Para você, qual é o maior obstáculo para uma vida financeira saudável?

  • Renda - 16,8%
  • Dívidas - 9,8%
  • Empréstimos - 4,5%
  • Cheque especial - 1%
  • Falta de conhecimento - 11,7%
  • Tempo - 1,9%
  • Falta de planejamento - 26,4%
  • Gastos por impulso - 13,7%
  • Desemprego - 5,1%
  • Foco - 9,1%

Você tem uma reserva de emergência?

  • Sim - 37%
  • Não - 63%

Como você se sente sobre o que sabe de finanças pessoais?

  • Muito insatisfeito - 12,8%
  • Pouco insatisfeito - 13,6%
  • Neutro - 18,4%
  • Pouco satisfeito - 36,8%
  • Muito satisfeito - 18,4%

O peso do coronavírus
Em meados do mês, o Mobills já havia conduzido uma outra pesquisa que mostrou que a crise causada pelo novo coronavírus é um fator importante para a insatisfação dos brasileiros. Na ocasião, 42% dos entrevistados afirmaram que perderam toda (7%) ou parte da renda (35%) reduzida por causa da pandemia.

Seis em dez deles apontaram que estavam endividados, inclusive devendo mais de R$ 10 mil na praça. Muitos apontaram o fato de o desemprego e a diminuição da renda média familiar ter sido o principal causador do endividamento.

Veja alguns números deste outro levantamento:

Você se sentiu diretamente atingido financeiramente pela situação envolvendo a pandemia de covid-19?

  • Sim, pois tive minha renda reduzida - 35,2%
  • Sim, pois perdi completamente minha renda - 6,9%
  • Não, pois comecei a trabalhar home office - 43,9%
  • Não, pois possuía uma reserva de emergência - 14%

Você está endividado?

  • Sim - 38,1%
  • Não - 61,9%

Indique a faixa etária que sua dívida se encontra:

  • Menos de R$1.045 - 6,8%
  • Entre R$1.046 e R$3.135 - 13,9%
  • Entre R$3.136 e R$5.225 - 12,2%
  • Entre R$5.226 e R$7.315 - 10,1%
  • Entre R$7.316 e R$10.450 - 12,7%
  • Mais de R$10.450 - 44,2%

Você já renegociou o valor de sua dívida ou pretende fazer isso?

  • Sim - 63,1%
  • Não - 36,9%

Quais foram os principais causadores do seu endividamento? (Os participantes escolheram mais de uma opção das respostas abaixo)

  • Desemprego - 18,5%
  • Diminuição da renda média familiar - 35,1%
  • Compras para terceiros - 14,2%
  • Falta de controle nos gastos - 57,5%
  • Atrasos de salários - 7,2%
  • Enfermidades - 10,1%
  • Negligência quanto às despesas mensais - 34,4%
  • Busca por autoestima - 7,7%
  • Impulsividade ao consumir - 27,4%
  • Gastos além do que o orçamento comporta - 48,3%
  • Confusão quanto ao número de parcelas - 7,9%
  • Pouca clareza sobre os próprios ganhos - 11,5%
  • Falta de programação mensal - 39,7%
  • Gastos por motivos emocionais - 19,7%

Fonte: Valor Investe (29/04/2020)

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