Mas diferentemente das empresas que já atuam no Brasil, a empresa promete atender todo o território nacional - um diferencial do satélite lançado em órbita pelo governo em 2017.
Os primeiros pacotes da Viasat serão oferecidos em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas e Distrito Federal. A promessa é chegar a todos os Estados até o fim deste ano.
Os clientes terão duas opções. Para o pacote básico, com velocidade de 10 mega, a mensalidade será de R$ 199,00 nos primeiros três meses e, depois, R$ 349,00, com franquia de 40 GB. Já para o pacote avançado, com velocidade de 20 mega, o preço mensal será de R$ 349,00 nos primeiros três meses e, depois, R$ 419,00, com franquia de 80 GB.
A ativação, com instalação e equipamentos, inclusive roteador Wi-Fi, é de R$ 300,00 para contratos de 12 meses. Entre 2h e 7h, a navegação é gratuita. Mesmo que a franquia seja ultrapassada, os clientes terão navegação básica e mensagens ilimitadas em aplicativos como Whatsapp. A meta é instalar o serviço em até 48 horas após a solicitação, a não ser para áreas remotas, cujo prazo é de até sete dias.
"É um serviço premium, sabemos que não é para todos. Mas, nas próximas semanas, vamos lançar outros pacotes para diferentes segmentos de mercado. Esse é apenas nosso primeiro passo no mercado", disse o vice-presidente da Viasat, Evan Dixon, chefe da área de internet residencial.
O mercado potencial desse serviço para a companhia é de dois milhões de clientes residenciais, afirma o executivo. Segundo ele, a empresa poderá oferecer internet em alta velocidade não apenas para áreas rurais e locais remotos no interior do País, mas também nas periferias de capitais, onde redes de cabos e fibra não costumam chegar.
"Será uma melhora significativa para aqueles que já possuem acesso por meio de uma banda ruim. Muitos poderão experimentar um serviço de banda larga pela primeira vez, com a possibilidade de usufruir de serviços de streaming, por exemplo", afirmou Dixon. "A maioria dos nossos clientes vem dos subúrbios das grandes cidades", acrescentou.
A pandemia do novo coronavírus não postergou os planos da Viasat. Segundo ele, esse é o melhor momento para lançar o serviço. "Temos visto uma demanda recorde por internet residencial nos mercados em que já atuamos nos EUA e na Europa. É nosso dever oferecer isso o mais rápido possível no Brasil. Muitas pessoas estão trabalhando em casa, muitas crianças estão estudando em casa", disse.
Para ter acesso à internet satelital, é preciso instalar uma antena na varanda, telhado ou em área externa. Dixon garante que a conexão é estável e só é afetada em grandes tempestades.
O maior mercado da Viasat é os EUA, onde já atua há 30 anos. Na Europa, onde está a companhia está há três anos, já está presente em oito países. Hoje, a empresa tem cerca de 30 milhões de clientes. "Em todos os países em que atuamos há uma característica comum. Independente da língua, da cultura, sempre há pessoas que foram deixadas para trás pelo mercado. O Brasil é nossa prioridade agora", afirmou Dixon.
A Viasat tem uma parceria com a Telebrás, dona do satélite brasileiro lançado em órbita em 4 de maio de 2017, com investimentos de R$ 2,8 bilhões. Ele tem duas bandas: uma é de uso exclusivo militar, já em utilização; outra de uso civil, para internet satelital. Coube à empresa norte-americana instalar antenas e infraestrutura em terra para que fosse possível fornecer sinal a milhares de localidades no País.
A companhia e a Telebrás têm uma parceria para tocar para prover sinal para municípios e localidades sem acesso à internet, incluindo escolas públicas, postos de saúde, quilombolas e postos de fronteira. O contrato prevê compartilhamento de custos e receitas entre as duas empresas.
A contratação da Viasat foi feita após um chamamento público feito pela Telebrás para exploração do satélite. A companhia utilizou a modalidade de "contrato associativo", previsto na nova Lei das Estatais, que permitiu ceder uma parte da capacidade do satélite para a Viasat.
As operadoras questionaram o acordo na Justiça, mas o contrato foi considerado lícito. O Tribunal de Contas da União (TCU) também aprovou a parceria.
Algumas companhias oferecem o serviço de internet satelital no Brasil, mas o satélite da Telebrás é o primeiro a cobrir todo o território nacional com a banda Ka, uma tecnologia mais moderna.
Fonte: Estadão (07/07/2020)
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