Sendo um dos principais pilares de crescimento do segmento de previdência complementar, os Planos Família seguem em forte crescimento, com Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) cada vez mais lançando essa modalidade de plano.
Atualmente, há 36 Planos Família aprovados pela Previc, sendo 32 em funcionamento e 4 em fase de implantação. Além disso, 5 estão em análise pela autarquia. Desse total, a grande maioria foi formada em parceria com o Fundo Setorial Abrapp.Somente em 2020, 10 Planos Família foram aprovados. “A média que temos observado é de mais ou menos um Plano Família por mês, com uma perspectiva de termos entre 10 a 12 planos aprovados até o final do ano. Podemos chegar perto dos 50 planos até o final de 2021”, disse a Diretora de Licenciamento da Previc, Ana Carolina Baasch, em entrevista ao Blog Abrapp em Foco. Em termos de população, no ano passado os Planos Família somavam 27 mil participantes. “O potencial de crescimento é enorme”, reforça Ana Carolina.
Segundo ela, os pedidos de aprovação deste plano pelas EFPC têm sido recorrentes. “Estamos sempre com Planos Família em análise, não nos deparamos com momentos sem pedidos nessa linha”, conta, destacando que esse crescimento começou a ocorrer a partir de 2018.
Ana Carolina ressalta que a grande importância desses planos é que eles trazem potencial de crescimento para o setor. “Grandes empresas já têm, de certa forma, um benefício previdenciário, e dada a crise que estamos passando, não há muitas perspectivas de empresas abrindo planos aos seus empregados. O potencial de crescimento do setor está no Plano Família, trazendo possibilidade de expandir a previdência complementar para parentes dos participantes, que são pessoas que já têm intimidade com o segmento e podem compartilhar essa experiência com seus familiares. É dessa forma que o sistema vai crescendo”.
Flexibilidade – “Algo muito relevante nos Planos Família é a flexibilidade, dando possibilidade de um benefício temporário, sem travar o recurso na entidade, trazendo opções a mais do que em planos patrocinados e instituídos, além do custo ser menor”, diz a Diretora da Previc, reforçando que muitas vezes as entidades ofertam esses planos com taxas de administração e carregamento zeradas ou muito baixas. “Por ser na modalidade de Contribuição Definida (CD) puro, que normalmente ou não envolve risco (?), ou o risco é terceirizado, a sua administração é mais barata. Além disso, as entidades que oferecem Planos Família já têm uma estrutura consolidada”, reitera.
Os Planos Família despertam ainda o olhar dos jovens para a previdência. “Como é um plano que não exige que a pessoa esteja já no mercado de trabalho, os pais ou alguém da família pode induzir a uma formação de poupança previdenciária desde cedo”, diz Ana Carolina, salientando que a Reforma da Previdência trouxe ainda mais esse tópico à tona, reforçando a importância de se criar uma cultura de poupança de longo prazo para o futuro e a aposentadoria. “O Plano Família aborda essa questão da educação previdenciária desde cedo”.
Celeridade – Além das vantagens para os participantes, os Planos Família oferecem também benefícios às EFPC que desejarem constituí-lo por ser um modelo mais fácil de ser estruturado e com mais celeridade na aprovação. Isso porque a Previc disponibiliza modelos padronizados de estruturação de planos, o que torna mais ágil a análise e a aprovação, bem como os convênios de adesão.
“O nosso modelo de Plano Família foi constituído em parceria com a Abrapp. Esses modelos foram estruturados em cima de um plano que a Abrapp apresentou e fizemos as adaptações necessárias. Por isso, quando uma entidade nos envia para aprovação um plano com parceria da Abrapp, facilita a análise”, destaca Ana Carolina.
Fomento – Além dos Planos Família, a perspectiva de fomento do setor está pautada também pela criação de planos de previdência dos entes federados. Segundo os dados da Previc, há atualmente 28 planos aprovados, sendo que 5 estão aguardando início de funcionamento. Ana Carolina explicou, contudo, que há um movimento grande de adesão de estados ou municípios a planos que já existem. “Isso, de certa forma, é mais saudável, pois já temos planos consolidados, e com essa adesão há compartilhamento de despesas. Caso o ente crie uma grande massa, pode até ter seu próprio plano futuramente”, destacou.
Fonte: Abrapp em Foco (22/03/2021)
Nota da Redação: Quando consultada, a Sistel não manifestou interesse em criar um Plano Família para os parentes dos sistelados.
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