A Vivo (VIVT3) não é mais apenas uma empresa de telecomunicações. Além dos serviços de dados móveis, internet, fibra, TV e planos pré e pós-pagos de telefonia, a companhia também oferece outros tipos de comodidades que incluem até mesmo o empréstimo de dinheiro a clientes. Foi essa estratégia que ajudou a gigante a apresentar bons números no quarto trimestre de 2020, na visão de seu CEO, Christian Gebara.
“É um setor que requer uma enorme quantidade de investimento. Por isso, a gente não enxerga mais a Vivo só como uma empresa do setor de telecomunicações. Queremos ser um hub de distribuição de serviços digitais, criando um ecossistema que aproveite o investimento que a gente faz em infraestrutura, os milhões de clientes que nós temos aqui, toda a capacidade de big data, da força da nossa marca e do nosso canal”, disse em live do InfoMoney na segunda-feira (1).
Sobre o que falta para uma “ruptura” no setor, com a entrada de novos players e sistemas menos burocráticos, o executivo disse que já estamos vivenciando isso — e que o sucesso do WhatsApp é um exemplo desse movimento. “Quando nós falamos de negócios non-core, que nós estamos perdendo a 26% ao ano as nossas receitas, são basicamente serviços de voz”, disse.
Gebara afirmou que a Vivo pretende criar uma nova empresa neutra para expandir seus serviços em fibra, e falou ainda sobre a companhia estar aberta para parcerias com empresas de outros segmentos. O executivo comentou sobre o Vivo Money e o Vivo Marketplace, além das estratégias para a empresa continuar ganhando market share no Brasil.
O espanhol David Melcon, CFO da Vivo, falou sobre a estratégia de remuneração ao acionista. “Nos últimos anos, a Vivo tem a prática de distribuir 100% de seu lucro aos acionistas. Já foi até maior, e não tem motivos para que isso seja diferente nos próximos anos. Temos um balanço tão robusto que nos permite ter um payout tão atrativo, particularmente agora com a Selic tão baixa, e ao mesmo tempo continuar fazendo investimentos”, disse.
O executivo comentou também sobre o caixa líquido da empresa, de R$ 3 bilhões, e os investimentos em digitalização, que permitiram uma redução de gastos na companhia. “Alguns de vocês devem estar se perguntando se depois de tanta redução de custos ainda temos espaço para reduzir mais no futuro, e a resposta é sim, ainda temos espaço”, afirmou.
Fonte: InfoMoney (02/03/2021)
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