Um projeto envolvendo entidades de pesquisa deverá analisar os impactos do 5G no ambiente industrial.
A iniciativa, anunciada pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) nesta terça-feira, 31, tem investimento previsto de R$ 9 milhões da entidade, além de mais R$ 900 mil de parceiros que compõe a aliança.
O projeto foi batizado de "Conectividade 5G e edge computing para Transformação Digital na Indústria 4.0" (EDGE5G). O objetivo é buscar "respostas para aplicação de 5G em larga escala no chão de fábrica". Desta forma, os parceiros vão trabalhar no desenvolvimento de software, hardware e componentes de conectividade para construir uma plataforma na qual as aplicações industriais serão validadas.
As aplicações 5G serão testadas em uma rede privativa em operação, como um "testbed" para demonstração das tecnologias. Isso envolverá Internet das Coisas, inteligência artificial, edge computing, realidade aumentada e segurança de dados para trazer ganhos de produtividade para a indústria. A Embrapii destaca o rastreamento em tempo real de produto ou robô logístico com alta precisão em um galpão. Além do 5G na rede privativa, será utilizada a arquitetura Open RAN.
Há várias instituições de pesquisa na aliança. São elas: CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), Unidade Embrapii para comunicações avançadas; Polo de Inovação do IFPB (Instituto Federal da Paraíba), Unidade Embrapii credenciada na área de sistemas para manufaturas; e Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), Unidade Embrapii de Comunicações Digitais. Entre os envolvidos, empresas do setor de tecnologia da informação também estão envolvidos: Cisco, Prysmian e a MPT Condutores, além das startups Taggen e Data Machina.
Em comunicado, o coordenador do projeto e gerente de Soluções de Conectividade pelo CPQD, Unidade Embrapii, Gustavo Correa, destaca que o desafio é ter uma plataforma nacional de IoT habilitada para a indústria com a rede de quinta geração. "O 5G traz uma série de oportunidades para a indústria, mas ainda carece de respostas em relação à sua aplicabilidade. Esse projeto reúne competências de três Unidades Embrapii para buscar respostas, unir diferentes tecnologias e testar uma solução segura e acessível, sobretudo a pequenas e médias empresas", afirma.
O contrato do projeto, desenvolvido no modelo Basic Funding Alliance (BFA), foi firmado no dia 18 de janeiro. A previsão é que os trabalhos sejam desenvolvidos até janeiro de 2026.
Fonte: TeleTime (31/01/2023)
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