Maioria da população ainda depende do benefício previdenciário do INSS na aposentadoria. Parcela dos que recorrem ou têm a intenção de usar a previdência privada é maior na classe A/B.
Poucos brasileiros conseguem guardar algum dinheiro no fim do mês. Em geral, nem sempre sobra e, às vezes, até falta para pagar as contas. Para fins de aposentadoria, a matemática é simples: se é difícil poupar para as emergências de curto prazo, imagina para as do futuro?
Na maioria dos casos, resta aos trabalhadores contar com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cujo valor máximo pago de benefício previdenciário é de R$ 7,5 mil. No entanto, esse teto está longe de ser uma realidade, visto que, para alcançá-lo, é necessária uma contribuição de quase R$ 1,5 mil por mês.
Se falta dinheiro para montar o pé de meia, o que dirá para investir na aposentadoria.
Fato é que, mesmo sem saber quanto deve receber do INSS mais à frente, mais da metade dos brasileiros contam com o benefício para conseguir se sustentar na aposentadoria. É o que mostra a 6ª edição do Raio X do Investidor.
Além da previdência pública, a pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha revela, ainda, que 22% dos entrevistados vão depender do próprio salário na aposentadoria.
Apenas 12% esperam contar com aplicações financeiras e 6% devem utilizar a previdência privada, com destaque para os respondentes que pertencem à classe A/B (23% e 12%, respectivamente).
Meios citados entre os não aposentados para o sustento da aposentadoria
População | Classe A/B | Classe C | Classe D/E | |
Previdência pública (INSS) | 51% | 45% | 51% | 55% |
Do seu salário/continuará trabalhando | 22% | 23% | 24% | 18% |
Aplicações financeiras, como títulos públicos, mercado de ações, renda fixa, câmbio, poupança | 12% | 23% | 12% | 3% |
Previdência privada | 6% | 12% | 5% | 2% |
Aluguel dos imóveis que possui | 4% | 10% | 3% | 1% |
Das economias que possui/ do que guardou/ reserva de dinheiro (do que guardar/ economizar) | 2% | 3% | 2% | 1% |
Família / filhos no sustento | 2% | 2% | 1% | 2% |
Não sabe | 13% | 7% | 12% | 21% |
Fonte: Anbima. Ano base: 2022
Entre a parcela de não aposentados que participou da pesquisa, 18% dizem ter começado uma reserva para a aposentadoria, enquanto 58% dos entrevistados pretendem, mas ainda não fizeram. Outros 24% nem sequer têm a intenção de poupar para tal finalidade.
Do total, 61% pretendem se aposentar entre os 50 e 69 anos, enquanto 6% esperam conseguir se aposentar só a partir dos 70 anos.
Até quando?
No caso dos respondentes que já são aposentados, 90% dependem da previdência pública, 4% continuam na ativa e usam a renda do trabalho e apenas 3% recorrem aos recursos da previdência privada.
Recursos usados pelos entrevistados que já são aposentados
População | Classe A/B | Classe C | Classe D/E | |
Previdência pública (INSS) | 90% | 88% | 93% | 89% |
Do seu salário/continuará trabalhando | 4% | 5% | 3% | 5% |
Aplicações financeiras, como títulos públicos, mercado de ações, renda fixa, câmbio, poupança | 1% | 4% | 1% | 1% |
Previdência privada | 3% | 11% | 2% | N/A |
Aluguel dos imóveis que possui | 3% | 7% | 3% | 0% |
Família / filhos no sustento | 1% | 3% | 2% | N/A |
Não sabe | 4% | 2% | 3% | 6% |
Realizado entre os dias 9 e 29 de novembro de 2022, o estudo feito pela Anbima em parceria com o Datafolha ouviu 5.818 pessoas das classes A/B, C e D/E, de 16 anos ou mais, nas cinco regiões do país. A margem de erro é de um ponto percentual, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
Fonte: Valor Investe (06/06/2023)
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