O Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, quer implementar “num curto espaço de tempo” o equacionamento relativo aos déficits acumulados de 2015 em diante. O processo já foi aprovado pela patrocinadora e pela Secretaria de Coordenação das Estatais (Sest), e está em fase de discussão no Conselho Deliberativo do instituto. “Já temos dois equacionamentos contratados, referente aos anos de 2012 e 2014, mas novos déficits foram se acumulando desde 2015 e atingiram R$ 8,8 bilhões em 2022. Nossa expectativa é de que nos próximos meses faremos a implantação do terceiro equacionamento para solucionar o acumulado até 2020”, explica o presidente da fundação, Camilo Fernandes dos Santos. Segundo ele, “depois disso, vamos recalcular as reservas matemáticas para verificar o que ainda sobraria de déficits a equacionar”.
Com dois planos de benefícios, o Postalis tinha R$ 9,91 bilhões em reservas ao final do primeiro trimestre deste ano, sendo R$ 3,04 bilhões no plano BD (saldado) e R$ 6,87 bilhões do Postalprev. No primeiro trimestre deste ano o BD rendeu 0,95% para uma meta atuarial de 3,08%, e em 2022 rendeu 15,26% para uma meta atuarial de 11,02%. Já o Postalprev rentabilizou 2,62% contra meta de 3,08% no primeiro trimestre deste ano, e 9,88% contra a meta de 11,02% no ano passado.
Santos diz que, apesar dos juros elevados, a fundação não descarta ampliar alocações em mais risco daqui para a frente. “Entendemos que este ano ainda será de maiores oportunidade em renda fixa, em virtude da Selic elevada taxa, mas nos parece ser também um bom momento para o crescimento de classes como ações e crédito privado”, afirma o presidente do Postalis. Segundo ele, as duas carteiras possuem baixa exposição à Lojas Americanas, representando apenas 0,17% dos recursos garantidores, e nenhuma das duas tinha exposição à Light.
Fonte: Invest. Institucional (30/05/2023)
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