terça-feira, 7 de abril de 2020

Comportamento: Conheça as empresas com responsabilidade social que doaram dinheiro, produtos e trabalho para combater coronavírus



É importante a divulgação dessas iniciativas para que você, consumidor e investidor, faça um consumo ou investimento responsável

O novo coronavírus está mobilizando o mundo inteiro e grandes empresas têm doado dinheiro, produtos e trabalho para ajudar a combater a pandemia. O Valor Investe tem divulgado essas iniciativas para que você, consumidor e investidor, saiba para quais companhias têm dado seu dinheiro e faça um consumo ou investimento responsável.

É claro que só a doação não é suficiente. Tão ou mais importante é a produção eticamente correta, sem exploração humana e sem danos ao meio ambiente. Cabe a você, consumidor e investidor, cobrar essas companhias ou deixar de consumir e investir nelas.

As empresas brasileiras doaram, juntas, mais de R$ 898 milhões para combater o coronavírus até segunda-feira (6), segundo o monitor de doações da pandemia da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR). No site do monitor, há uma lista de empresas doadoras e de campanhas que estão recebendo doações.

As empresas que doaram mais dinheiro até agora foram Itaú (R$ 150 milhões), Votorantim (R$ 50 milhões), BTG Pactual (R$ 50 milhões) e BRF (R$ 50 milhões), segundo o monitor da associação.

É importante lembrar que qualquer pessoa física também pode doar dinheiro para projetos como a Rede Nacional de Financiamento de Ações de Combate à Covid-19, Corona no Paredão Fome Não e Vem pra Guerra HC, que estão com campanhas abertas em plataformas de financiamento coletivo (crowdfunding).

A seguir, confira empresas que anunciaram doações e o que e quanto cada uma doou.

Instituições financeiras
A maior doação em dinheiro até agora foi do Itaú Unibanco, de R$ 150 milhões. O banco afirmou, por meio de nota, ter “absoluta consciência da gravidade da crise”. O dinheiro virá da Fundação Itaú para Educação e Cultura e do Instituto Unibanco e será destinado a infraestrutura hospitalar, compra de equipamentos médicos, como respiradores, além de cestas de alimentação e kits de higiene.

Juntos, Itaú Unibanco Bradesco e Santander também vão destinar R$ 50 milhões à compra de máscaras de tecido para doação às secretarias estaduais de saúde e a comunidades vulneráveis, e a BB Seguros vai doar R$ 40 milhões para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social, para a compra de alimentos e produtos de higiene e limpeza.

Outras instituições financeiras também estão entre as maiores doadoras. O BTG Pactual e seus sócios doarão R$ 50 milhões para projetos na área da saúde e para populações vulneráveis, e o Banco Safra, R$ 20 milhões para hospitais públicos e Santas Casas.

A gestora de investimentos Votorantim anunciou que vai doar R$ 50 milhões a governos, instituições de saúde e entidades privadas para a compra de kits para teste de coronavírus, respiradores e outros equipamentos.

E não é só dinheiro. A companhia também vai redirecionar projetos do Instituto Votorantim e das empresas investidas, que já estavam em execução, para combater o novo coronavírus. O BV (antigo Banco Votorantim), do grupo, lançou uma campanha para que seus clientes façam doações on-line e montou uma linha de R$ 50 milhões para financiar empresas nacionais que produzam equipamentos e serviços usados no combate ao coronavírus.

Os bancos Inter e BMG, junto com a locadora de veículos Localiza e a construtora MRV, vão doar R$ 2,8 milhões à organização não governamental Geração de Falcões. A instituição irá distribuir, a partir de 1º de abril, cartão de alimentação com valor equivalente a cesta básica para famílias em vulnerabilidade social, com o objetivo de mitigar os impactos da crise.

A exchange Mercado Bitcoin também lançou uma campanha para arrecadar doações de bitcoins (unidades inteiras ou frações) para o Hospital de Cirurgia de Sergipe construir três novas unidades de terapia intensiva (UTIs) para tratar pacientes com covid-19. As doações estão sendo processadas por meio da tecnologia da blockchain, a rede que suporta e registra as transações de bitcoins. Os depósitos podem ser feitos por pessoas ou empresas diretamente na carteira pública “38zV1uySXgv4NLueuJxpXsf3sABR6VFBQs”, que pode ser consultada neste link.

A B3 foi na mesma linha. A bolsa de valores brasileira lançou uma série de iniciativas sociais para reduzir o impacto da crise do coronavírus, com doações feitas pela bolsa e buscando engajamento de outros doadores. Na captação de doações de cestas básicas, por exemplo, a bolsa doa cinco cestas para cada uma doada em uma plataforma de crowdfunding.

Roupas e cosméticos
As Lojas Renner vão destinar R$ 4,1 milhões para hospitais públicos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. A companhia também vai dar suporte para comunidades na região sul do país, onde fica localizada a sede da empresa e estão concentrados boa parte de seus fornecedores.

A empresa de cosméticos Mary Kay anunciou que dedicará parte de sua cadeia de suprimentos e instalações da Fábrica Global, localizada no Texas, nos Estados Unidos, para produção de álcool em gel. Os primeiros lotes produzidos serão doados para aqueles que estão nas linhas de frente, em clínicas e hospitais.

A Natura &Co, que reúne as marcas Avon, Natura, The Body Shop e Aesop, e o Grupo São Martinho fizeram parceria para processar e envazar 15 mil quilos de álcool em gel e 150 mil litros de álcool em solução 70% que serão doados à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

As fabricantes de produtos para higiene pessoal e cosméticos L’Oréal e Nivea, controlada pela Beiersdorf, também vão produzir álcool gel em suas fábricas instaladas em São Paulo para distribuir a hospitais, lares de idosos, faculdades de medicina e comunidades carentes.

E a Unilever Brasil, fabricante de Omo, Rexona e outras marcas, vai doar R$ 1 milhão em produtos de higiene e limpeza para o governo do estado de São Paulo.

Alimentação e bebidas
A rede de chocolates finos Cacau Show, R$ 1 milhão para o governo do Estado de São Paulo comprar, principalmente, respiradores para os hospitais que mais precisam do equipamento.

O McDonald´s vai doar lanches para profissionais de saúde e dar curso on-line gratuito de segurança alimentar, para micro e pequenos negócios. Já o iFood vai destinar R$ 50 milhões da sua receita para um fundo de assistência focado em pequenos restaurantes cadastrados na plataforma.

A Ambev, a Gerdau e o Hospital Albert Einstein também fizeram parceria para construir um novo centro de tratamento para a covid-19, com 100 leitos que atenderão o público exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Maior empresa de abate e exportação no país, a Marfrig vai doar 48 mil latas de carne ao Ministério do Desenvolvimento Social do Uruguai, que usará o produto para complementar as cestas básicas distribuídas às famílias em situação de vulnerabilidade. A empresa também vai fabricar álcool gel e doar parte da produção para hospitais.

Outras gigantes
A Petrobras também vai doar ao Sistema Único de Saúde (SUS) 600 mil testes para diagnóstico da covid-19. Desse total, 400 mil serão entregues ao Ministério da Saúde e 200 mil à Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro.

Já a mineradora Vale fechou a compra de 5 milhões de kits para a verificação de infecção por covid-19.

A Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul, cedeu espaço em suas fábricas de Joinville (SC) e Rio Claro (SP) para a produção de máscaras de acrílico para os profissionais da saúde. A Whirlpool também doou R$ 1,3 milhão para hospitais e instituições filantrópicas comprarem equipamentos, EPIs e produtos para armazenagem de medicamentos e vacinas.

Fonte: Valor Investe (07/04/2020)

Nota da Redação: Infelizmente, até o momento não se tem notícia de uma operadora de telecom, uma empresa patrocinadora da Fundação Sistel que inclusive recebeu superávit de seus planos ou um fabricante de telecom ter doado qualquer quantia para combater o coronavirus.

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