segunda-feira, 14 de março de 2022

Revisão Aposentadoria: Bolsonaro critica julgamento do STF sobre Revisão da Vida Toda do INSS: 'Querem quebrar o Brasil'

 


Presidente foi cobrado por apoiador sobre tema e disse que não há dinheiro

O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta sexta-feira o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que trata da chamada "revisão de vida toda" do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Bolsonaro afirmou que "querem quebrar o país" e que não haveria dinheiro para pagar os benefícios se a tese for aceita.

A "revisão de vida toda" significa que todas as contribuições previdenciárias feitas ao INSS pelos trabalhadores no período anterior a julho de 1994 podem ser consideradas no cálculo das aposentadorias. Com isso, parte dos aposentados poderiam aumentar seus rendimentos.

O caso estava sendo julgado no plenário virtual do STF e já havia maioria a favor da tese. Entretanto, o ministro Nunes Marques (que já havia votado) pediu destaque, o que fará com que o julgamento tenha que ser reiniciado presencialmente.

Bolsonaro foi cobrado por um apoiador sobre o tema, durante conversa na saída do Palácio da Alvorada, e citou um possível custo de R$ 300 bilhões.

— Não vou entrar em detalhes. 300 e poucos bilhões (de reais). Querem quebrar o Brasil. Decisão lá do Supremo lá. O que você acha, tem que ir para frente ou não? — rebateu ele.

O presidente fez a ressalva de que sabe que "a vida do aposentado não está fácil".

Minutos depois, o mesmo apoiador voltou a faltar sobre o tema e Bolsonaro disse não ser contrário, mas que não há dinheiro.

— Não sou contra rever, não. Quem vai pagar? Tem dinheiro para pagar? Eu não vou discutir esse assunto porque a dívida dá mais de 300 bilhões. Precatório dava 80 bilhões.

Com o pedido de destaque, o julgamento terá que recomeçar do zero, e o voto do ministro Marco Aurélio Mello, favorável à revisão, não terá mais validade, já que ele se aposentou da Corte. 

André Mendonça — que, assim como Nunes Marques, também foi indicado à Corte por Bolsonaro — poderá votar no caso. A data do julgamento, no entanto, ainda não foi marcada.

Fonte:  O Globo (11/03/2022)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Este blog não se responsabiliza pelos comentários emitidos pelos leitores, mesmo anônimos, e DESTACAMOS que os IPs de origem dos possíveis comentários OFENSIVOS ficam disponíveis nos servidores do Google/ Blogger para eventuais demandas judiciais ou policiais".