É possível investir para a aposentadoria em fundos de investimento não atrelados a planos de previdência
Outra maneira é selecionar e comprar ativos de forma direta, como títulos do Tesouro Direto, papéis emitidos por bancos, debêntures, ações e/ou outros ativos nacionais ou internacionais
Conhecemos como previdência privada, ou plano de previdência, o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) e o Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL). Simplificadamente, são fundos de investimento com tratamento tributário e sucessório especial.
Também é possível investir para a aposentadoria em fundos de investimento não atrelados a planos de previdência. Neles, como nos planos de previdência, você escolherá fundos que atendam ao seu perfil de investidor, e o gestor do fundo será o responsável por alocar seus recursos em ativos de acordo com a política de investimentos de cada fundo.
Outra maneira é selecionar e comprar ativos de forma direta, como títulos do Tesouro Direto, papéis emitidos por bancos, debêntures, ações e/ou outros ativos nacionais ou internacionais, fazendo a gestão da sua carteira de investimentos sozinho ou com a ajuda de um especialista.
Em todos os casos, é importante que a carteira tenha diversificação adequada para buscar uma rentabilidade superior à inflação com risco adequado ao seu perfil.
Entretanto, antes disso, é fundamental que você dimensione o seu plano de aposentadoria. Para isso, estime quanto seria o seu custo de vida, em valores presentes, e quanto seria custeado por outras fontes de renda, como benefícios da previdência pública ou aluguéis. Em seguida, utilize uma taxa real (acima da inflação) conservadora para calcular o tamanho do patrimônio financeiro que lhe daria essa complementação de renda a partir da idade com que deseja se aposentar. Seja muito conservador, pois a tendência é vivermos cada vez mais.
Depois, a partir do montante já acumulado e com uma taxa real semelhante ou um pouco maior, considerando que poderá arriscar um pouco mais agora, calcule quanto precisará aportar mensalmente entre hoje e a idade da sua aposentadoria para atingir o montante calculado. Se sua capacidade de poupança mensal for igual ou maior, ótimo. Caso contrário, você precisará revisar as expectativas e os cálculos para buscar esse equilíbrio.
Por exemplo: para alguém com 30 anos de idade e patrimônio já acumulado de aproximadamente R$ 300 mil que deseja se aposentar aos 65 anos com um complemento de renda de R$ 10 mil (valor presente), se considerarmos uma taxa real de retorno de 0,2% a.m. durante a aposentadoria e uma expectativa de sobrevida de 45 anos, o patrimônio total a ser acumulado é de pouco mais do que R$ 3,3 milhões (valor presente). Então, considerando um retorno maior na fase de acumulação de 0,4% a.m., os aportes mensais deverão ser de aproximadamente R$ 1.560.
Agora que você já sabe quanto precisa aportar, defina o meio que faz mais sentido de acordo com seu perfil e sua experiência de investidor.
É importante revisar, ao menos anualmente, as estimativas de custo de vida futuro, a alocação e rentabilidade dos investimentos, o valor do aporte mensal, bem como a sua capacidade de poupança.
Um planejador financeiro certificado poderá ajudar você nesses cálculos e orientá-lo na estratégia de alocação dos investimentos, bem como nas ferramentas necessárias para seu acompanhamento.
Fonte: Época Negócios (06/12/2022)
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