quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

TIC: Desligamento do 2G e 3G proposto pela Anatel não é aceito pelas operadoras e diversos setores da economia

 


Oi usa 2G e 3G e quer desligamento só depois de resolvido o impasse da concessão

A Oi explica que seus telefones fixos comercializados pela concessão de STFC utilizam tecnologia baseada nas redes 2G e 3G

A Oi, embora tenha deixado o mercado móvel, também participou da tomada de subsídio nº 23 da Anatel, que trata da possibilidade de desligamento das redes 2G e 3G. A operadora diz que utiliza tais redes para prover serviços de telefonia fixa sem fio, conhecido no setor pela sigla WLL, e por isso recomenda que não seja feito nenhum movimento de desligamento até o fim de 2025.

“A Oi não se opõe a evolução tecnológica, todavia entende necessário que a Anatel proponha que o início da transição tecnológica do desligamento da rede ou não homologação de equipamentos em redes 2G e 3G somente ocorra após o fim do Contrato da Concessão do STFC (dezembro de 2025) ou ao final da obrigação da continuidade do serviço, em caso de adaptação do modelo do contrato de Concessão em que a solução do acesso fixo sem fio continue a ser uma alternativa importante para prestação do serviço”, diz.

A empresa explica que o WLL foi a saída encontrada para lidar o desinteresse dos usuários por telefonia fixa e com o roubo e furto de cabos de cobre.

Segundo a Oi, o WLL é baseado na tecnologia Circuit Switched (voz comutada), que por sua ver se baseia nas tecnologias 2G e 3G .

“É utilizada a arquitetura de rede empregada no formato híbrido, ocorrendo emprego de elemento do Mobile Core da Oi (HLR), enquanto os demais elementos de rede são prestados por meio de rede móvel de empresa parceira. Importante destacar que, quando a solução do acesso fixo é adotada, a Oi fornece os terminais aos seus clientes sem cobrar pelos equipamentos”, acrescenta.

Ressalta que utiliza o WLL para amenizar os efeitos da queda na demanda por telefonia fixa: “A Companhia utiliza a tecnologia WLL para, minimamente, amenizar os efeitos decorrentes da obsolescência do STFC e da notória insustentabilidade das concessões de STFC”.

A companhia diz que caso ocorra a descontinuidade das tecnologias 2G e 3G antes do término da concessão, causará impacto “não só na continuidade e universalização da prestação do serviço como também no equilíbrio econômico-financeiro da Concessão”.

CPFL quer previsibilidade no desligamento das redes 2G e 3G

A distribuidora de energia aponta como preocupação a possibilidade de ter de arcar com os custos de migração tecnológica sem obter o reconhecimento de depreciação do investimento feito no grid em dispositivos móveis 2G ou 3G.

Atualmente, a CPFL utiliza 30 mil dispositivos nas duas tecnologias legadas, que precisarão ser trocados. Enfatiza que o Setor Elétrico possui modelo de regulação baseado na remuneração de investimentos feito ao longo de ciclos de 5 anos, sendo que a cada final de ciclo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) reconhece tais investimentos e considera a sua remuneração durante o período de depreciação previamente estabelecido (15 anos).

Anfavea diz que 20% dos veículos conectados são 2G ou 3G

Existem mais de 246 mil assinantes de conectividade 2G ou 3G junto às montadoras do país, versus 998 mil de 4G ou 5G, diz a Anfavea.

Para a Vivo, mercado irregular de terminais IoT dificulta desligamento das redes 2G/3G

Vivo diz que Anatel deve parar de homologar dispositivos 2G/3G e definir um plano de ação para redução gradativa da rede legada.

TIM diz que desligamento do 2G e 3G abre caminho o 6G

TIM cobra colaboração de fabricantes e diz que Anatel deverá agir para reduzir a oferta de terminais que funcionem apenas em redes 2G ou 3G.

Para a Claro é possível iniciar transição para desligar o 2G e o 3G

Claro defende medida da Anatel para impedir que novos dispositivos 2G ou 3G cheguem ao mercado, perpetuando o funcionamento das redes legadas.

817 cidades têm mais antenas 2G/3G do que 4G, aponta a Abinee

Para entidade que representa fabricantes de celulares e equipamentos de telecom, o desligamento das redes 2G/3G deve se dar só em 2028.

Abecs diz que desligamento do 2G/3G ameaça o sinal das "maquininhas"

Para associação das empresas de cartões de crédito, Anatel deve levar em conta que o parque de maquininhas atual é majoritariamente 3G.

Fonte: TeleSíntese (04/12/2023)

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