sábado, 8 de julho de 2023

Fundos de Pensão: Após três meses sem comando, Petros (Petrobras) escolhe presidente alinhado com interesses dos participantes e assistidos



Dirigentes da FUP destacam trajetória de Jäger em seu primeiro mandato na Petros e lembram que ele terá papel fundamental na busca de soluções para os equacionamentos dos PPSPs.

Finalmente, o Conselho Deliberativo da Petros aprovou nesta quarta-feira (05/07) a indicação do economista Henrique Jäger para a Presidência da Fundação. Antes de ser empossado, ele ainda precisa do aval da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

Pesquisador do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e atualmente na equipe de assessores da Presidência da Petrobrás, Henrique já havia sido presidente da Petros entre 2015 e 2016, período em que resolveu diversas pendências dos participantes e assistidos.

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, comemorou a escolha para o comando da Petros de um profissional habilitado, com experiência na área e, sobretudo, comprometido com a categoria petroleira e, principalmente, os participantes e assistidos dos planos de previdência do Sistema Petrobrás.

“Temos certeza de que Jäger fará um excelente trabalho à frente da Petros, o segundo maior fundo de pensão do Brasil, melhorando a administração desses recursos importantes para a categoria petroleira e para o país, e também construindo, de forma negociada com a FUP e demais entidades sindicais, uma solução definitiva para acabar com os planos de equacionamento que afligem os participantes e assistidos da Fundação”, afirmou Bacelar.

Para Paulo César Martin, diretor de Seguridade, Aposentados e Políticas Sociais da FUP, Henrique já demonstrou durante o seu primeiro mandato na Petros capacidade técnica e responsabilidade com os interesses dos participantes e assistidos. “Estamos falando da gestão da segunda maior entidade fechada de previdência complementar do país, responsável por gerir um patrimônio superior a R$ 100 bilhões”, alerta.

Ele lembra que, ao contrário dos outros gestores que passaram pela Petros, Jäger identificou e assumiu passivos previdenciários do antigo Plano Petros (atuais PPSPs), que as administrações passadas haviam empurrado para debaixo do tapete.

É o caso do cálculo da Família Real e da correção do teto operacional de 90%, um erro no sistema que reduzia indevidamente em 10% o valor da média salarial dos participantes e, portanto, também do benefício total. Só a correção desses dois problemas custaram na época em torno de R$ 8 bilhões, valor que corrigido equivale hoje a um passivo de R$ 17 bilhões.

“Esses problemas não ocorreram durante a gestão do Henrique, mas ele teve coragem de assumir e registrar os passivos que estavam ocultos. Sem o registro desses passivos, não conseguiríamos buscar depois o patrimônio necessário para cobertura dessas insuficiências, pois demandaria recursos muito maiores”, alerta o diretor da FUP.

“Ou seja, em vez de empurrar para debaixo do tapete, como fizeram outras gestões, Henrique optou por resolver o problema. Isso mostrou que ele tem muita responsabilidade e compromisso com os participantes e assistidos”, afirma Paulo César.

Ele destaca ainda outro fato relevante que marcou a primeira gestão de Jäger na Petros: a cobrança da dívida de R$ 800 milhões de uma patrocinadora do Plano Ultrafértil, resultante da separação de massas em 2002 do então Plano Petros. A patrocinadora, na época a Vale, foi acionada judicialmente para cobrir as insuficiências patrimoniais do Plano, com base em um dispositivo regulamentar do Plano Petros da Ultrafertil: o inciso VIII do artigo 48.

“Esses fatos demonstram que o economista Henrique Jäger, em sua trajetória à frente da Petros, provou que tem capacidade e coragem para tomar decisões difíceis, sempre visando o bem da entidade, o seu dever fiduciário e o compromisso com os participantes e assistidos”, afirma o diretor da FUP.

Ele lembra que a nova gestão de Jäger será fundamental neste momento em que os participantes e assistidos do fundo de pensão do Sistema Petrobrás lutam contra os equacionamentos dos PPSPs pós 70 (repactuados e não repactuados). “Estamos falando de valores em torno de R$ 42 bilhões e a sua atuação à frente da Petros será importantíssima para ajudar a encontrar soluções para esse problema. Hoje, a Petrobrás só assume metade desse valor e os participantes e assistidos são obrigados a arcar com mais de 20 bilhões, uma situação que está inviabilizando a vida de milhares de famílias”, ressalta Paulo César Martin.

Quem é Henrique Jäger

Formado em Economia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e pós-graduado em Economia pela Universidade Federal Fluminense, Jäger atuou no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e no Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), além de ter sido pesquisador do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O executivo também possui sólida experiência em previdência complementar, tendo sido presidente da Petros entre 2015 e 2016. Certificado pela Apimec (Associação dos Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), Jäger também foi membro do Conselho de Administração do Banco do Brasil e dos comitês de Auditoria e de Remuneração, além de ter integrado conselhos de administração e fiscal de grandes empresas brasileiras. Antes de chegar à Petros, Jäger integrava a equipe de assessores da Presidência da Petrobras.

Fonte: Sindi Petro NF (06/07/2023)

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